Gestão de Riscos e Sinistros em Saúde

Enio Jorge Salu – Publicado em 29 de Setembro de 2019

 

 

Foto da turma deste fim de semana da Pós de Auditoria da Faculdade Einstein, sob coordenação da Profa. Ellen Bergamasco !

 

Introduzir o tema mais crítico que envolve qualquer tipo de gestão (risco) integrado à rotina da área da saúde (sinistros) ... passa um filme com infinitos eventos da minha carreira na área !

 

 

 

Já há algum tempo tenho absoluta certeza de que quem entra na área da saúde é motivado pela romântica vocação de querer ajudar o próximo, e uma boa parte, senão a maioria, descobre que o segmento não se sustenta por esta métrica:

·         Primeiro que, por ser um dos segmentos da economia que mais movimenta dinheiro no mundo, chama a atenção de quem quer levar vantagem às custas dos outros. Não falo das pessoas que enxergam oportunidades de negócios e aproveitam ... falo dos que agem de forma ilícita, precatória, desleal ... e isso choca um pouco;

·         Segundo porque o mercado da saúde é formado por algumas poucas empresas muito grandes, e muitas empresas muito pequenas, que estão no mercado com missões diferentes e onde não se consegue fazer o que seria o melhor para o paciente;

·         E terceiro porque os quatro tipos de danos que existem ocorrem com frequência na área da saúde.

 

 

 

 

O dano à pessoa é inerente da medicina -  o efeito colateral e/ou evento adverso é comum. O risco deste tipo de dano é o mais controlado do segmento, por ser preocupação básica dos profissionais assistenciais e dos programas de qualidade que têm como foco a segurança do paciente.

 

O dano à imagem: a marca da instituição construída por décadas pode ser danificada por um erro técnico, ou administrativo, ou meramente pela palavra de um representante junto à opinião pública. E temos marcas na área da saúde, especialmente de hospitais que surgiram pela iniciativa de colônias de imigrantes, quase centenárias, de valor imensurável.

 

O dano ao meio ambiente: saúde despeja em larga escala poluentes químicos e biológicos na natureza ...  líquidos, sólidos e vaporosos. A saúde é uma “porcalhona” – poucos segmentos são tão danosos ao meio ambiente como a área da saúde.

 

E o dano financeiro está presente nos sistemas de financiamento públicos e privados, nas judicializações, no erro, no desperdício e nas fraudes.

 

Na aula demos foco na gestão dos riscos financeiros, porque os outros danos também resultam em danos financeiros !

 

 

 

 

Começamos conceituando o que é risco e crise, e que o gestor mais preparado é aquele que tem melhor discernimento para identificar riscos ... lembramos que uma vez mapeado é inadmissível que o gestor não saiba o que fazer quando o risco se materializa em fato.

 

 

 

 

Depois estressamos a discussão das razões que motivam a alta frequência de fraudes relacionadas aos vários tipos de crimes que ocorrem no segmento da saúde ...

... e a aderência da aplicação do ciclo PDCA na gestão de riscos.

 

Então finalizamos ilustrando com exemplos a importância da auditoria na gestão dos riscos financeiros, entre outras coisas mostrando a diferença da qualidade da informação dos prontuários de pacientes auditados e não auditados.

 

Mostrei casos reais que comprovam que o prontuário eletrônico, tão útil, não elimina boa parte dos erros nas informações dos prontuários, e insere um risco importante que não existe no prontuário manual, graças ao copy-paste!

 

 

 

 

Tudo em uma turma composta por profissionais que atuam em fontes pagadoras, em serviços de saúde e em fornecedores de insumos ... das áreas pública e privada ... com grande diversidade de formação acadêmica e experiência ... mais uma experiência muito legal !