Região Sul do Brasil, referência em gestão da saúde para as outras
Enio Jorge Salu – Publicado em 11 de Dezembro de 2019
Fotos dos últimos seminários de 2019 para entrega do estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil, e suplemento SADT ( www.gesb.net.br )
Após apresentarmos o estudo em seminários na GV de São Paulo, GV do Rio, GV de Brasília, COSEMS e Unidas de João Pessoa e FIEAM-Samel de Manaus, encerramos 2019 no dia 4/12 em Porto Alegre e 6/12 em Florianópolis.
Não poderia ser diferente, de certa forma premiando a gestão da saude que se pratica nos 3 estados da Região Sul do Brasil.
Por favor não me entendam mal achando que tudo o que se faz no resto do Brasil é ruim, ou que a gestão na Região Sul é irretocável ... não se trata disso. Tem muita coisa a ser melhorada no Sul também, mas comparado com o restante do Brasil é uma região que pode ser referência em gestão para muita coisa na área da saúde.
Alguns exemplos ...
Ao avaliar a distribuição de estabelecimentos de saúde per capita, e também de leitos per capita, observamos menor concentração nas capitais e grandes regiões metropolitanas, ou seja, menor deslocamento dos pacientes para acessar os serviços, para internar - na média o paciente é atendido mais próximo de onde reside. Melhor para ele e para seus familiares !
Analisando a distribuição de serviços ambulatoriais per capita observamos que é a região do Brasil que proporcionalmente dá maior foco na atenção básica, tanto na Saúde Suplementar como no SUS. Outros indicadores, como o repasse proporcional do SUS para a população dependente SUS, confirmam este fato.
Analisando médicos SUS e médicos da Saúde Suplementar per capita, observamos ser a região que menos sofre com ausência de médicos nas cidades. Mesmo nas pequenas cidades a qualidade de vida é melhor, e fica mais fácil para o município reter os médicos.
Todos os estados recebem repasses ambulatoriais per capita proporcionalmente acima do que teriam direito ... mas ...
... mas como disse, nem tudo pode ser perfeito. Só como ilustração: várias cidades de Santa Catarina, (ex. Florianópolis) e do Paraná (ex. Foz do Iguaçu) faturam AIHs com valor abaixo da média nacional, indicando necessidade de maior capacitação !
A tabela demonstra que Floripa tem ticket médio de faturamento no SUS abaixo da média nacional para inúmeros procedimentos de oncologia.
Completamos o ciclo destes seminários abertos ao público em 2019 patrocinados pela Guerbet do Brasil. Encerramos também os seminários fechados de oncologia, psiquiatria e ortopedia que ficaram restritos ao público definido pelos seus patrocinadores.
O estudo patrocinado pela Guerbet, entregue gratuitamente aos participantes contabiliza:
· 3 Apresentações;
· 2 Cadernos ... cerca de 200 páginas;
· 72 planilhas editáveis com dados dos estudos em formato MS Excel ®;
· 552 indicadores;
· 3.864 plotagens !!!
Agora temos um grupo de centenas de gestores de hospitais, operadoras de planos de saúde, clínicas, ambulatórios, centros de diagnósticos, secretarias estaduais e municipais de saude, órgãos reguladores, órgãos gestores orçamentários e de planejamento e acadêmicos ... das áreas pública e privada !!
Com a colaboração que o grupo já está dando, os estudos de 2020 já estão estruturados com quase o dobro de indicadores !!!!
E agradeço novamente o apoio da Guerbet do Brasil, em especial ao Roberto Godoy, que viabilizou a realização de 8 seminários abertos e gratuitos pelo Brasil !!!!!