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Melhores Operadoras de Planos de Saúde

0162 – 14/04/2021

Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil

Quem define a melhor operadora de planos de saúde é o “Rei Cliente”

 

(*) todos os gráficos são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil

 

O gráfico demonstra a média nacional de permanência dos beneficiários de planos de saúde por modalidade de tipo de operadoras, segundo classificação da ANS:

·         Foi construído a partir do cálculo da média de permanência dos beneficiários dos planos de saúde (titulares e dependentes) até dezembro de 2020;

·         Este gráfico se refere a todas as operadoras com beneficiários ativos em 2020.

Existem várias formas de qualificar as melhores empresas que têm como missão operacionalizar planos de saúde. A ANS, por exemplo, tem o QUALISS - Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde, que não tem serventia prática:

·         O principal interessado – o beneficiário do plano individual, ou a empresa contratante do plano coletivo – não adquire plano de saúde vinculado a instituição que “esteja bem ou mal na fita” do Qualiss;

·         Não existe vínculo do Qualiss com a “indústria das multas” aplicadas nas operadoras pela ANS;

·         Não existe vínculo do Qualiss com os ressarcimentos pagos pelas operadoras ao SUS teoricamente ... teoricamente ... teoricamente ... porque elas não têm rede credenciada.

O corretor vende os planos de saúde exclusivamente em função da marca dos serviços da rede credenciada:

·         Para o cliente interessa, por exemplo, estar os “famosos hospitais dos dois lados do Rio Jordão” ... o hospital universitário onde o “Prof. Dr. Fulano” atende;

·         Não utiliza qualquer critério técnico na venda ... é algo como vender o “melhor carro da categoria”, quando não existem categorias definidas por critério técnico ... as categorias são criadas, utilizadas, extintas ou desprezadas dependendo do argumento que mais se adequa ao discurso da venda.

O gráfico demonstra um critério indiscutível, que independe de “achismos”:

·         Um produto do tipo plano de saúde, em que o cliente paga mensalmente durante anos, é considerado bom se o cliente continua pagando ... se o cliente não está contente, para de pagar este e vai em busca de outro;

·         Jamais existirá um produto ruim, em que o cliente tenha opção de compra, que o cliente “vai continuar consumindo”;

·         É assim com o carro, com o “barzinho”, com a pizza delivery ... e com o plano de saúde !

 

 

O gráfico foi construído a partir desta tabela, que resume uma base de dados da ANS:

·         O produto plano de saúde é um dos mais complexos que existem – sujeito a uma infinidade de nuances;

·         Mas principalmente sujeito a uma série de regulações absurdas que colocam na mesma cesta empresas que não têm nada a ver uma com as outras ... com objetivos sociais e econômicos completamente diferentes ... e inacreditavelmente, com produtos completamente diferentes;

·         Esta mescla de regulações inconsistentes, além de gerar as multas e ressarcimentos, gera a segunda maior demanda de judicialização do país ... só perde para telefonia ... mas perde porque enquanto temos algo em torno de 72 milhões de beneficiários de planos de saúde, temos mais 420 milhões de dispositivos digitais (230 milhões de smartphones);

·         Ou seja, proporcionalmente é pouco provável que exista um produto tão mal regulado no mundo !

Então, reter o cliente no plano “é um milagre”:

·         Quem consegue reter o cliente por mais tempo que o outro, tem um produto melhor;

·         E se considerarmos que, tanto para o beneficiário de plano individual que paga “do seu bolso” ... como para a empresa em que plano de saúde representa o maior benefício para o funcionário – o que mais pesa nos encargos trabalhistas ... é algo caro;

·         Quem consegue reter o cliente que paga caro pelo produto que vende, indiscutivelmente tem um produto melhor !

 

 

E fazer gestão na saúde suplementar no Brasil é algo fantástico ... não canso de dizer:

·         É um privilégio, para ainda poucas pessoas que estudam a geografia econômica da saúde;

·         Quando estratificamos o indicador por região, como na tabela que demonstra a Região Sul do Brasil, vemos como existem “vários países” em um só;

·         Indicadores que variam 20 ... 30 %;

·         Se olharmos para outras regiões, comparando umas com as outras, vemos que as condições socioeconômicas das regiões definem o “produto plano de saúde” conforme “o rei cliente” demanda, e não como as operadoras devem ofertar segundo uma mesma regulação da ANS !!!

 

O gráfico demonstra a relação de dependentes de beneficiários titulares em operadoras do tipo autogestão:

·         Um outro indicador;

·         Ilustra que as empresas mantenedoras das autogestões, ao contrário do que muita gente pensa, não trabalha com os mesmos parâmetros de concessão do benefício aos seus funcionários;

·         O indicador varia significativamente por unidade federativa ... da mesma forma que varia significativamente quando comparamos uma autogestão para outra.

Utilizamos este indicador ao invés do tempo de retenção do beneficiário no plano para identificar as melhores operadoras do tipo autogestão:

·         Na operadora tipo autogestão “o cliente” praticamente não tem chance de escolha;

·         Nos planos coletivos adquiridos por empresas de operadoras de outros tipos de modalidade, embora também seja difícil, tem ... a pressão dos funcionários costuma fazer com que a empresa mude o fornecedor de plano que não está ofertando um bom produto rotineiramente;

·         Nas autogestões ... não ... pode ser que haja mudança estrutural na gestão da autogestão, na amplitude do benefício ... mas a autogestão continua retendo o beneficiário.

A métrica é:

·         Se a autogestão existe exclusivamente para gerir o mais caro benefício que a mantenedora concede aos seus funcionários;

·         Se o benefício concedido é para melhorar a qualidade de vida dos funcionários de modo que ele seja o mais produtivo possível, com menor interferência de problemas de saúde;

·         Se a produtividade está associada não somente à saúde do titular, mas também aos dependentes do titular, que se se a saúde não for bem assistida vai gerar absenteísmo do funcionário;

·         Então um critério para eleger a melhor operadora de planos de saúde do tipo autogestão é o quanto ela abrange, proporcionalmente, os dependentes.

Com estes 2 indicadores produzimos os rankings das melhores operadoras de planos de saúde do Brasil:

·         Em um seminário no dia 7 de maio próximo vamos divulgar os rankings;

·         Na verdade, prioritariamente, o seminário não existe para divulgar rankings, entregar o prêmio “and the Oscar goes to” ... longe disso;

·         Embora estes indicadores sejam indiscutíveis para eleger as melhores operadoras de planos de saúde, não são os únicos, e tem vieses que são explicados detalhadamente no seminário ... seria imprudência, ou irresponsabilidade, utilizar apenas estes indicadores como único parâmetro balizador da comparação entre elas

O seminário existe para entregar aos participantes, além dos rankings, as ferramentas que permitem fazer a estratificação dos indicadores:

·         Por modalidade – qualquer das 7 modalidades definidas pela regulação ANS;

·         Por Unidade Federativa – qualquer das 27 unidades federativas brasileiras;

·         Por município – qualquer dos 5.570 municípios brasileiros.

Como em todos os seminários Geografia Econômica da Saúde no Brasil, as ferramentas são planilhas em formato MS Excel®, com tabulações dos dados, e a participação no seminário inclui o suporte técnico para dirimir dúvidas sobre elas, além é claro de abrir interação com o autor do estudo para discutir os temas relacionados.

Estas ferramentas são muito úteis para gestores da área da saúde ... especialmente para:

·         Gestores de operadoras de planos de saúde, na avaliação do seu produto em relação à concorrência;

·         Gestores de serviços de saúde (hospitais, clínicas, centros de diagnósticos ...) e fornecedores (materiais, medicamentos, alto custo), para entender a característica de cada operadora com quem se relaciona, ou pretende se relacionar.

Para quem se relaciona de forma direta ou indireta com operadoras de planos de saúde:

·         O que esta operadora prioriza: qualidade assistencial ou preço ?

·         Na minha experiência profissional aprendi que todas as operadoras buscam qualidade e preço ... a qualidade porque o cliente exige, e o preço porque é o maior parâmetro de sustentabilidade ... tenho muita segurança em afirmar isso;

·         Mas ao analisar o tempo que o beneficiário se vincula a ela, ou a proporção de dependentes em relação ao total de beneficiários, identificamos a prioridade da prioridade !!!

Para quem tiver interesse em participar do seminário, informações complementares e sobre as inscrições estão na página  www.gesb.net.br   ou diretamente através do canal   contato@escepti.com.br