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Melhores Operadoras Na “Mini Saúde Suplementar” das Cooperativas Médicas
0165 – 14/04/2021
Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil
Com Restrições Para Concorrer no Mercado, Algumas Cooperativas Médicas se Destacam na Entrega do Seu Produto
(*) todos os gráficos são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil
Os gráficos demonstram:
· À Direta, a participação % das cooperativas médicas no mercado de operadoras de planos de assistência médica;
· À Esquerda, a evolução do volume de beneficiários delas ao longo de 10 anos.
É importante começar com eles porque existem muitas pessoas que dizem serem as cooperativas um sistema ultrapassado, que tende a desaparecer:
· Bem, os números contrapõem a teoria !
Primeiro por representar quase 1 terço dos beneficiários:
· Vamos lembrar que no total existem quase 10 % praticamente sem opção de escolha de operadora (beneficiários de autogestões e filantrópicas);
· E também lembrar que quase 12 % dos beneficiários das operadoras que não são exclusivas de planos odontológicos, têm planos odontológicos ... e que as cooperativas médicas não comercializam planos exclusivamente odontológicos;
· Ou seja, a participação das cooperativas médicas, considerando os planos de assistência médica, “beira” 40 %.
E segundo porque a evolução do volume de beneficiários não apresenta tendência de queda:
· O volume caiu nos anos da primeira crise da saúde suplementar ... neste período caiu para todos os tipos de operadoras;
· E nos últimos anos, os anos da pior crise financeira da história do Brasil, o volume se mantém ... a variação é insignificante !
Números que demonstram um sistema consolidado ... sólido:
· É claro que, como em qualquer coisa que se refira aos negócios na área da saúde, necessita evoluir para se adaptar as mudanças do mercado, a evolução da relação operadora x beneficiário ...
· Mas o sistema de cooperativas médicas, até por ser uma de estrutura politizada regionalmente, tem até mais chance de promover mudanças mais adaptadas a “cada pedacinho” do Brasil ... que é um país formado por “pedacinhos muito diferentes”;
· Os ajustes necessários acabam sendo discutidos por instâncias que conhecem melhor “o seu quadrado” ... isso deve ser um dos fatores que contribuem para esta estabilidade que os números demonstram !
(*) slide dos cursos Escepti de introdução ao marketing da saúde, gestão comercial da saúde e sustentabilidade das empresas da saúde
Para quem não tem intimidade com o maior sistema de cooperativas médicas no Brasil, vale comentar:
· Ele define uma “mini saúde suplementar”, dentro da saúde suplementar regulada pela ANS;
· Regulações internas do sistema define, por exemplo entre muitas outras coisas, que uma operadora regional (singular) não pode competir com as outras, que as operadoras “se ajudam” através de um intercâmbio de atendimento entre elas;
· Ou seja, gerir uma operadora deste tipo, além de ter que cumprir a regulação ANS, ainda tem que cumprir as regulações do próprio sistema ... não é a mesma coisa que gerir qualquer outro tipo de operadora !
Em uma estrutura que mescla aos cooperados o papel de fonte pagadora e serviço de saúde, existem aspectos que podem ser considerados positivos ou negativos, dependendo “do lado da mesa” que o analista se coloca para fazer sua análise !
O fato é que, se analisar a visão do cliente, o sistema entrega um produto aos beneficiários na média ... na média ... melhor que o entregue pelas operadoras que competem com ele:
· A visão do cliente pode ser medida pelo tempo médio que os beneficiários ficam vinculados à operadora;
· Nas operadoras do tipo autogestão e filantropia o tempo é maior ... mas no caso delas o parâmetro não pode ser considerado porque os beneficiários destes tipos praticamente não têm opção de troca;
· Já em relação às operadoras que concorrem no mercado, este é um dos melhores parâmetros de comparação;
· Enquanto nas cooperativas a média de permanência nacional é de 4,63 anos, nas medicinas de grupo são 2,74 anos, e nas seguradoras 3,29 anos.
A tabela demonstra o ranking das melhores cooperativas médicas da Região Sul do Brasil, segundo este critério:
· Os rankings de cada região do Brasil, juntamente com as ferramentas que permitem tabular os indicadores de qualquer tipo de operadora, em qualquer Unidade Federativa do Brasil, em qualquer Cidade do Brasil, serão entregues aos participantes do seminário Geografia Econômica do Brasil – Melhores Operadoras de Planos de Saúde, que será realizado no próximo dia 7 de maio;
· É importante citar que o seminário não é uma premiação, até porque o critério tem vieses, que são explicados detalhadamente no seminário;
· Não é uma eleição subjetiva – é uma apuração em um estudo realizado com informações objetivas: o tempo médio de permanência dos beneficiários nos planos de saúde.
A tabela (na verdade todos os rankings) fornecem informações importantes para os gestores:
· Veja que as médias da Região Sul são muito maiores que as médias nacionais (4,63 anos), demonstrando que a região consegue entregar aos beneficiários produtos melhores ... se não fossem melhores os beneficiários migrariam do plano da cooperativa médica por um de outra operadora (medicina de grupo, seguradora ...);
· E nesta região existe uma predominância no topo do ranking para as cooperativas do Paraná em relação aos demais estados. Isso é uma característica do cooperativismo médico: como as singulares de um estado são apoiadas pela federação de cada Estado, as práticas da federação acabam permeando as singulares, meio que padronizando a forma como elas se operacionalizam, como se relacionam com o mercado, como desenvolvem suas estruturas ... enfim ... lá na ponta final, o produto entregue ao cliente varia menos em um estado do que entre estados diferentes.
Não é surpreendente que operadoras que têm restrição de atuação geográfica, que concorrem com outras que não têm restrição, fidelizem os clientes por mais tempo ?
· Na verdade este é um dos fatores que podem balizar a análise da estabilidade ao sistema de cooperativas ilustrado nos primeiros gráficos;
· Entregando um produto melhor (na visão do cliente que fica mais tempo no plano), pode até ter custos maiores, até rentabilidade menor, e até não conseguir expansão mais agressiva no mercado ... mas ao captar os clientes acaba fidelizando por mais tempo que as concorrentes;
· É uma visão ... que evidentemente pode ser contraposta por outras !
Avaliando o gráfico vemos que a média de permanência dos beneficiários em planos de cooperativas médicas varia significativamente pelo Brasil:
· No Estado do Paraná a média é 6,3 anos ... não é a maior do Brasil;
· Mesmo no Paraná a diferença da média (6,3) para a que está “no topo do ranking” da região Sul (7,9 anos) é grande ... “meio ano” para este tipo de indicador já é muita coisa !
· Mas mesmo não sendo um estudo para premiar operadoras (existem vieses), levando em consideração o complexo cenário que envolve as cooperativas descrito acima, reter o beneficiário por mais tempo no plano deve ser enaltecido !!
· É indiscutivelmente um diferencial da gestão !!!
· Vale a pena para os gestores que não têm o indicador tão favorável investigar as razões ... as razões podem ser o “fio da meada” para melhorar a sustentabilidade !!!!
Vale encerrar citando que este indicador é muito importante para gestores de outras empresas do segmento da saúde (hospitais, clinicas, centros de diagnósticos, fornecedores de materiais, medicamentos, serviços, equipamentos ...):
· Se a agenda for melhoria da qualidade assistencial, remuneração baseada em valor ... quanto maior o vínculo de tempo dos beneficiários com a cooperativa, maior o interesse dela em prover procedimentos de qualidade para reduzir intercorrências, custos com reinternações e reabilitação ...
· No caso das cooperativas, isso envolve o próprio relacionamento do cooperado que ao mesmo tempo “é o dono” e o “fornecedor”.
Para quem tiver interesse em participar do seminário e receber as ferramentas que permitem tabular indicadores de todos os tipos de operadoras, em todas as UFs, em todos os municípios, juntamente com os rankings das melhores, informações complementares e sobre as inscrições estão na página www.gesb.net.br ou diretamente através do canal contato@escepti.com.br