Boletim    noticia.net.br Conteúdo para Gestores da Área da Saúde
 

 

 


Melhores Medicinas de Grupo e Seguradoras Por Região

0166 – 14/04/2021

Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil

A Fidelização dos Clientes no Mercado que Não Compra Qualidade

 

(*) todos os gráficos são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil

 

Os gráficos demonstram o tempo médio de retenção dos beneficiários nas operadoras de planos de saúde:

·         O chamado índice de fidelização dos clientes;

·         No da esquerda, a variação do indicador nas unidades federativas, dos beneficiários de planos de saúde de operadoras do tipo Medicina de Grupo;

·         No da direita, o mesmo indicador em relação aos beneficiários das operadoras do tipo Seguradora.

Quando isolamos as medicinas de grupo e seguradoras das operadoras dos demais tipos (autogestão, filantropia e cooperativas médicas), estamos tratando do mercado mais aberto (de maior competição) da saúde suplementar:

·         Qualidade assistencial não é o argumento de vendados planos de saúde;

·         Todos somos alvo de propagandas de corretores de planos de saúde que vendem o plano colocando no topo da lista de credenciados o hospital mais famoso ... de maior marca;

·         Não utilizam qualquer argumento técnico que possa indicar ao comprador (a pessoa física do plano individual ou a jurídica do plano coletivo) o nível de qualidade assistencial da operadora ... como ela atua na prevenção e promoção da saúde, se pratica estruturação integrada entre ações primárias, secundárias e terciárias ...

·         Nem utilizam qualquer argumento técnico que justifique que justifique aquele hospital estar no topo da lista de credenciados ... como se ele fosse melhor que todos os outros em tudo: algo os gestores da saúde sabem que é “meio impossível” que um dia possa acontecer !

O interessante é que mesmo que a operadora esteja bem na fita do “inútil” Qualiss da ANS, qualificação ... indicador de qualidade ... acreditação ... isso nunca entra no discurso da venda do plano:

·         Inútil aqui não tem tom pejorativo ... é apenas a tradução “ao pé da letra” do adjetivo: não tem utilidade;

·         Se nem para vender plano de saúde, que é o que sustenta a saúde suplementar, sinalizando para o principal interessado (o beneficiário) se está comprando algo mais ou menos qualificado serve ... para todas as outras coisas que eventualmente se destina, evidentemente não tem utilidade prática !

 

 

Juntando os 2 primeiros gráficos, podemos construir este outro (do tipo “dalmático” ... ou binário):

·         Considerando a média geral, em 23 das 27 unidades federativas, na média, as seguradoras retêm os beneficiários por mais tempo do que as medicinas de grupo;

·         Isso não significa que, mesmo nas unidades federativas onde as seguradoras têm média maior, todas as seguradoras tenham indicadores maior do que todas as medicinas de grupo;

·         Significa apenas que na média as seguradoras têm indicador de retenção maior que a média das medicinas de grupo !

Reter o beneficiário por mais tempo é um critério objetivo de análise:

·         Diferente dos argumentos subjetivos de venda citados acima;

·         Se “o cliente” fica descontente com a operadora e muda para outra, reduz o tempo médio de permanência;

·         Portanto, quanto maior o tempo de retenção, melhor é o produto entregue ao beneficiário;

E por consequência:

·         Na média, o produto entregue pelas seguradoras é melhor que o das medicinas de grupo, segundo a opinião do cliente ... o beneficiário;

·         Pode ser, não que exatamente seja por isso, em função do fato das seguradoras terem rede própria menor que as medicinas de grupo;

·         Quanto maior a rede própria da seguradora, maior o direcionamento do beneficiário, menor a opção de escolha;

·         Por isso é indiscutível que “livre escolha” é fator de qualidade para o “rei cliente” dos planos de saúde.

Com este indicador (tempo médio de permanência dos beneficiários no plano) construímos os rankings regionais das melhores operadoras mesclando os tipos medicina de grupo e seguradora.

 

 

É importante lembrar que:

·         Somente estes 2 tipos de operadoras representam 37 % do total de operadoras existentes, e nada menos que 60 % dos beneficiários de planos de saúde;

·         Mas que existe uma diferença operacional gigante entre elas;

·         Dos 100 % de operadoras deste tipo, apenas 3,3 % são seguradoras ... e estes apenas 3,3 % de operadoras tem quase 24 % dos beneficiários delas;

·         Ou seja, nos rankings sempre vão figurar uma quantidade muito maior de medicinas de grupo, que na média são empresas pequenas, comparadas com as seguradoras !

No próximo seminário Geografia Econômica da Saúde no Brasil – Melhores Operadoras de Planos de Saúde, que será realizado em 7 de maio próximo:

·         Serão entregues aos participantes todos os rankings;

·         Na verdade serão entregues também todas as ferramentas que permitem tabular as médias de permanência de beneficiários de qualquer operadora, de qualquer unidade federativa e de qualquer município brasileiro;

·         O objetivo do seminário não é promover uma premiação ... porque apesar de ser um critério objetivo, existem vieses, que são explicados detalhadamente no seminário !

O objetivo é fornecer ferramentas:

·         Aos gestores de operadoras de planos de saúde para comparar seu produto com a concorrência, avaliar e eventualmente investigar junto às outras o que pode ser feito para melhorar seu produto, aumentar o tempo de retenção dos beneficiários no plano, e assim contribuir tanto para a melhoria da qualidade que o cliente deseja, como para melhoria da rentabilidade e sustentabilidade financeira da empresa;

·         Aos gestores das demais empresas que atuam no segmento (hospitais, clinicas, centros de diagnósticos, fornecedores de materiais, medicamentos, serviços ...) para que possam avaliar melhor o relacionamento comercial com as fontes pagadoras que têm produtos mais focados na qualidade assistencial, ou que têm produtos mais focados em custos e preços.

 

 

Rankings como estes das Regiões Norte e Nordeste que alternam no topo uma seguradora e uma medicina de grupo.

 

 

Ou como estes das Regiões Centro-Oeste e Sul, onde a alternância do topo também ocorre.

 

 

Ou como este da Região Sudeste, e do Estado de São Paulo, onde a predominância das medicinas de grupo é total na “parte de cima da tabela”.

A utilidade da análise dos rankings está longe de apenas identificar o “vencedor”:

·         Serve para avaliar a concorrência “parede a parede” ... porque aquela operadora consegue reter os beneficiários mais tempo que eu;

·         E serve também para mostrar como é grande a diferença da saúde suplementar pelas várias regiões do Brasil ... os indicadores por região estão longe de estarem próximos ... as diferenças socioeconômicas e de infraestrutura da saúde dos mercados regionais da saúde suplementar são imensas.

Diferenças que mais fascinam e mais devem motivar os gestores da saúde suplementar a conhecer o seu mercado:

·         O que o seu cliente ... o cliente da sua região quer ?

·         O que se pode dar a ele dentro de parâmetros de sustentabilidade financeira ?

·         O verdadeiro desafio dos gestores da saúde privada !!!

Para quem tiver interesse em participar do seminário e receber as ferramentas que permitem tabular estes indicadores de todos os tipos de operadoras, em todas as UFs, em todos os municípios, juntamente com os rankings das melhores, informações complementares e sobre as inscrições estão na página  www.gesb.net.br   ou diretamente através do canal   contato@escepti.com.br