Boletim    noticia.net.br Conteúdo para Gestores da Área da Saúde
 

 

 


“Kadê” o Censo

0200 – 11/07/2021

Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil

Entra governo, sai governo e “tudo como dantes no quartel d’Abrantes” na Saúde, Educação ...

 

(*) Foto do portal G1 do dia 24 de março de 2021

Se você espera aqui ver críticas ou elogios ao Presidente Bolsonaro, Ex Presidente Lula, Governador Dória, Governador Eduardo Leite ... de algum senador, deputado, vereador em particular ... já aviso que vai perder seu tempo coma leitura !

A foto ilustra a falta de foco do governo em planejamento da saúde:

·         “Já-já vai fazer” 4 meses que este comitê que se propôs a construir uma união nacional para enfrentamento da pandemia;

·         Na teoria, uniria executivo, legislativo e judiciário, e no âmbito executivo o governo federal e os governadores;

·         Na prática, como sempre acontece na história mais recente do Brasil, cada um continua “chutando pro lado que está virado”, “mirando na medalhinha do peito do adversário”, sem nenhuma estratégia, tática ... sem nenhum planejamento de coesão para a saúde pública.

Na emblemática foto temos representantes de todas as instâncias dos poderes, e o Presidente do Senado assumindo a missão de coordenar a interlocução com os governadores (que não aparecem na foto):

·         “De cara” era difícil acreditar que o Presidente do Senado realmente conseguiria fazer interlocução com governadores de interesses políticos opostos aos do governo central ... e, é claro, na prática isso não ocorreu;

·         Não importa aqui discutir se o Presidente do Senado falhou ou se os governadores “boicotaram” ... quem tem razão, quem é corrupto ...

·         Aqui a pauta é discutir o fato de que na prática a coesão em prol do bem da população brasileira não existe no Brasil.

Quem tem que “segurar a onda” na gestão da saúde, como sempre, é o secretário municipal / estadual / distrital da saúde sozinho, tomando um cuidado enorme para não “entrar em rota de colisão” com algum interesse político “mais forte”, especialmente quando mais perto das eleições vamos chegando.

Isso não é uma característica desta “geração” de políticos ... tem sido assim desde que eu era menininho e ouvia “o Brasil é o país do futuro, ame-o ou deixe-o” ...  até os dias de hoje que já atingi a “maior idade” e escuto “off-hino”: pátria amada Brasil.

Entra e sai governo, trocamos os partidos, as ideologias ... e “tudo como dantes no quartel d’Abrantes” !

Entram “na mesma dança” os gestores de operadoras de planos de saúde, os gestores de serviços de saúde, de institutos de ensino e pesquisa, de fabricantes de insumos para a saúde:

·         Todos que teriam sua missão um pouco “menos emocionante” se o governo ajudasse;

·         Na verdade com todo o respeito que tenho (de verdade, tenho mesmo) por inúmeras personalidades políticas de diversas ideologias, nós gestores da saúde nem necessitaríamos de ajuda do governo: bastaria que ele não atrapalhasse tanto !

Podemos pensar em como o governo poderia não atrapalhar a gestão pública e privada da saúde ilustrando com a situação do Censo Demográfico:

·         Ele está definido para ser realizado a cada 10 anos ... o último foi em 2010 ... deveria ter sido feito em 2020;

·         Estamos chegando em 2022 ... e os que aparecem na foto lá em cima não dão sinais da falta que ele faz;

·         Não vale a pena discutir se eles têm ou não algum interesse político em que ele seja feito ou não ... isso também não está aqui em pauta;

·         O fato é que já estamos pagando muito caro pela ausência do Censo, e a situação vai piorando a cada dia de “omissão” do governo em relação a isso ... governo no sentido amplo, e não especificamente uma ou outra personalidade política !

Podemos entender com números o que significa este “gap” histórico.

 

(*) todos os gráficos e tabelas são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil

 

Poderíamos “pegar” qualquer indicador utilizado na gestão da saúde pública ou privada para ilustrar:

·         Mas acredito que a evolução do volume de internações do SUS é o que seja mais fácil de assimilar por gestores que atuam na área pública ou privada, em secretarias de saúde, operadoras, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos ...

·         O gráfico ilustra o volume de internações no SUS nos últimos anos;

·         Algo que tinha um crescimento “meio que constante”, quando começou a pandemia despencou;

·         Sabemos, comprovado por números, que apesar de termos um grande aumento de internações para tratamento de doenças respiratórias por conta do COVID-19, tivemos uma queda muito grande em todos os outros tipos de doenças;

·         Primeiro porque reservamos os leitos para COVID-19 ... e segundo porque não é prudente misturar os outros pacientes com estes ... então tudo que era eletivo (podia esperar) esperou ... e está esperando até agora, diga-se de passagem.

Mas qual o impacto real disso na saúde, e o que pode ser projetado para o futuro ?

·         O que aconteceu, sabemos ... o que vai acontecer, sabemos ...

·         Mas “em que dimensão” ... em que proporção ... só saberíamos se tivéssemos dados populacionais confiáveis;

·         Como o último censo populacional foi feito há 12 anos ... temos estimativas, mas não temos dados confiáveis, justamente em um momento histórico em que eles são “mais do que imprescindíveis”.

Nada justifica o Censo não ter sido feito em 2020 durante a pandemia, muito pelo contrário:

·         Com o mundo dizendo “fique em casa”, com as pessoas “em casa” tínhamos a possibilidade de fazer o melhor Censo da história, porque uma das dificuldades de se fazer o Censo é encontrar as pessoas para aplicar o questionário.

·         E os “funcionários” que fariam o Censo não correriam mais risco do que correram “pegando o busão” para ir trabalhar na “repartição”, pegando fila pra receber auxílio emergencial, se aglomerando em mercados para comprar mantimentos ...

·         E o Censo ainda poderia “ter dado emprego” para dezenas de milhares que ficaram desempregadas por conta da pandemia !!

 

 

Se entrarmos no site do IBGE podemos construir este gráfico com a estimativa da população brasileira:

·         É uma estimativa ... feita por pessoas de altíssima capacitação, diga-se de passagem ... profissionais que aplicam tudo o que aprenderam sobre atuária e estatística;

·         Não são “dados chutados” ... são números revestidos de “extrema ciência”.

Mas quanto eles estão certos ?

·         Se perguntar, mesmo para as pessoas que produzem estas estimativas, se ele apostaria o salário de um mês na “precisão dos dados” vai ouvir um “sonoro” não;

·         Alguns até diriam ... aposto que a estimativa de 2011 pode estar até 1 % errada ... “pra cima ou pra baixo”;

·         Até apostaria 2012 ... mas daí pra diante, vou preferir “ficar com meu salário” !

 

 

Então quando construímos um gráfico para calcular a taxa de internação (número de internações dividido pela população existente) como este:

·         Notamos que o aumento das internações nos anos anteriores ao do início da pandemia não se reflete na taxa;

·         E a redução das internações em relação a redução do volume de internações é maior na pandemia;

·         Para planejamento da saúde isso é importantíssimo ... norteia a necessidade de leitos, de profissionais ... de dinheiro !

E quando estratificamos isso por tipo de doença então (os gráficos não estão aqui) ... é mais do que importantíssimo !!

·         Se temos segurança no numerador do índice (a quantidade de internações) mas não temos no denominador (a população), o planejamento é “um tiro no escuro”;

·         O erro é certo ... se é maior ou menor que a estimativa, isso não é previsível ... mas que o erro é certo, não se discute.

Já estamos pagando caro pela falta de Censo ... é só reparar “nas lambanças” da campanha de vacinação:

·         O governo (sentido amplo: federal, estadual, distrital, municipal ...) não tem números populacionais adequados para planejar, então vai “na tentativa e erro” ... “vai no bumba-meu-boi” ...

·         Abre um período de vacinação por faixa etária, mas não tem números confiáveis para saber quantas pessoas por idade em cada município existem;

·         Abre um período de vacinação para um determinado grupo de risco (profissionais de saúde, do transporte, da segurança ...) mas não sabe quantos têm.

Então vemos sistematicamente:

·         Sobrar vacina para determinado grupo em alguma cidade e faltar em outra;

·         Filas enormes em um grupo e ausência de filas em outro;

·         Assistimos atônitos nesta semana uma Capital parar a vacinação por falta de vacina enquanto outra resolveu antecipar uma faixa etária ... as mesmas em que ocorreu justamente o inverso há uns 15 dias atrás !

·         Não existe a menor relação entre quem está sendo vacinado na Cidade A e a Cidade B ... muitas vezes cidades vizinhas uma grande parcela da população “trabalha em uma e dorme na outra” ... onde no lado par da numeração da rua é um município e no lado ímpar é outro;

·         Não sabemos com segurança qual o % da população vacinada ... os números que são divulgados pela mídia e pelos políticos são estimativas ... alguns sabem que estão erradas, outros “trabalham” com isso em função do seu interesse;

·         Nem em “festivais de cinema amador” vemos coisas “tão bizarras” !!

 

 

O grande problema das “estimativas eternas” é que elas vão acumulando “erro sobre erro”, como sabem todos os que lidam com números:

·         “Pegando” somente este período entre 2016 e 2020, porque se pegar desde 2010 (data do último Censo) vamos “perder o sono de tanto medo do que vem por aí”;

·         Supondo uma margem de erro de apenas 2 % na estimativa ... veja que 2 % de erro 16 anos depois do “último porto seguro” dos números é muito pouco;

·         E extrapolando mais uma margem de erro “pra cima ou pra baixo” até chegar em 2020 ... construímos este gráfico.

Ele representa as possíveis evoluções da população considerando a margem de erro sobre erro:

·         A barra cinza é o gráfico com a estimativa do IBGE;

·         A barra azul representa a evolução se a estimativa do IBGE estiver abaixo da real;

·         E a barra vermelha a evolução se a estimativa do IBGE estiver acima da real.

Para quem não lida com planejamento em saúde a diferença representada pela inclinação das linhas pode parecer pouco ... não é ... não é mesmo ... longe ... mais muito longe de ser insignificante ...

 

 

A diferença entre o ponto vermelho e o azul em 2020 é de ~34 milhões de habitantes:

·         Para ter ideia do que isso significa, o gráfico compara esta margem de erro possível com a população de alguns países;

·         Se planejamos a saúde desconsiderando esta margem de erro é como se esta população não existisse ... não prevemos leitos, médicos, enfermeiros ... não reservamos dinheiro para tratar os pacientes;

·         É como se a Austrália, Coréia do Norte, Canadá, Polônia ... não fizessem planejamento algum da saúde !

·         Isso dá um pouco da dimensão do que a falta do Censo implica para um “país continente” como o nosso !!

E quem não tem intimidade com os sistemas de financiamento da saúde pode pensar que isso não tem implicação na saúde suplementar ... ledo engano:

·         Saúde suplementar existe porque o SUS não cumpre integralmente sua missão ... se todos utilizassem o SUS não haveria planos de saúde, hospital particular ...

·         Sem projetar adequadamente quanto o SUS é ineficiente, a instituição privada pode superdimensionar ou subdimensionar seus recursos;

·         Sem saber qual a parcela da população tem dinheiro para comprar um plano, quantas empresas têm funcionários em cada região, qual a evolução real da expectativa de vida ... a gestão da saúde privada é “um jogo de azar”;

·         Isso é fundamental para a sustentabilidade das empresas que atuam no segmento;

·         Isso é fundamental para os beneficiários de planos de saúde da mesma forma que o é para os beneficiários do SUS !

Bem ... estamos prestes a assistir um “liberou geral” por parte do governo (sentido amplo: federal, estadual, distrital e municipal) ... uma “decretação de final de pandemia”:

·         Que poderá dar certo, se os números reais forem “generosos” com a “contabilidade criativa” que os políticos vão empregar para ganhar seus votos em 2022;

·         Ou poderá ser uma “carnificina”, se os números reais forem muito diferentes;

Se as estimativas estiverem muito diferentes da realidade, como estamos verificando na campanha de vacinação que estão, vamos assistir a “onda COVID da falta do Censo Demográfico”, ou a “onda COVID da falta de bom senso dos políticos”, matando mais algumas dezenas de milhares de inocentes;

·         Se o governo “liberar geral” antes da hora a operadora vai continuar arcando com custos de tratamentos que poderiam não existir ... vai arcar com perda de clientes (beneficiários que morrem por COVID-19);

·         As empresas contratantes dos planos coletivos, além de continuar perdendo funcionários que investiram formaram/capacitaram e os seus dependentes, vão continuar com sinistralidade maior que representa majoração no preço do plano;

·         Os serviços de saúde vão continuar perdendo a oportunidade de curar os pacientes dos tratamentos eletivos que estão represados ...

O “liberou geral” com base em números com este nível de confiança está “tomando corpo” para acontecer em meados de setembro ... que Deus nos proteja !

Aquelas pessoas que estão na foto “lá em cima” representam o poder que deveria, ao invés de estar ignorando o fato de não termos o Censo, ainda estar trabalhando para que ele deixe de ocorrer a cada 10 anos:

·         Pense no que você fazia em 2010 ... usava WhatsApp ? ... que tipo de programa de TV assistia ? ... o que você comia ? ... que tipo de transporte utilizada ? ... quanto sobrava (ou faltava) de dinheiro no final do mês ?

·         Se for um pouco mais velho, pense as mesmas coisas em relação ao ano 2000 (dez anos antes) ... tem muita gente que nunca assinou um cheque, coisa absolutamente comum então;

·         Vai concluir que as coisas mudam muito mais rapidamente conforme o tempo vai passando;

·         Vai concluir que entre 2010 e 2020 mudou muito ... mas muito ... mais muito mais coisas do que entre 2000 e 2010;

·         Para pessoas mais velhas como eu é muito fácil perceber isso ... existiram décadas (períodos de 10 anos) em que nossas vidas mudaram quase nada.

Aquelas pessoas lá na foto lá de cima, além de se indignar pelo atraso do Censo de 2020, deveriam estar trabalhando para que o Censo passe a ser realizado a cada 5 anos:

·         Não só para o melhor planejamento da saúde;

·         Mas para o planejamento de tudo que é importante para que os governantes possam minimamente planejar o que realmente interessa para a população ... saúde, educação, transporte, alimentação, segurança ...

Novamente sem nenhuma crítica a qualquer político específico, mas ao governo em sentido amplo:

·         Analisando a foto ... ela é muito emblemática ... é possível entender que o poder continua ignorando as mudanças aqui no Brasil;

·         O mundo mudou muito na representatividade dos governos, empresas ... e na foto você não vê um negro, uma mulher, um indígena ...;

·         Não é uma crítica pessoal a qualquer dos que estão na foto ... é uma sinalização: o planejamento governamental continua sendo feito com base em parâmetros antigos ... isso já mudou nos países mais avançados ... sem representação da diversidade não conseguimos de forma adequada “observar” as mudanças;

·         O Censo com periodicidade menor ajudaria a mitigar esta “falta de equilíbrio de representatividade”, nos apresentando números para discernir sobre o que é minoria e maioria “de verdade”, em qualquer tema que quiséssemos analisar: saúde, emprego, transporte, segurança, alimentação ...

·         Com uma menor periodicidade seria possível “fotografar as mudanças” e se posicionar reduzindo crises, afinal crise é para tratar algo que não era previsto ... baseado em “memes” e “flash’s” de redes sociais não temos visão do todo ... elas não espelham a realidade ... a última eleição americana comprovou isso.

Não dá para planejar nada sem um Censo atualizado !!!

Conheça um pouco sobre nosso estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil - www.gesb.net.br , e sobre nossos cursos relacionados aos temas aqui citados:

·         Práticas para Reduzir Custos com o Plano de Saúde dos Funcionários - www.escepti.com.br/cursos/GNAS15

·         Gestão Comercial em Saúde - www.escepti.com.br/cursos/GNAS16

·         Fundamentos e Ferramentas Básicas do Marketing em Saúde - www.escepti.com.br/cursos/GNAS20

·         Managed Care e Modelos de Remuneração Alternativos ao Fee for Service - www.escepti.com.br/cursos/GNAS22

·         Gestão Gerencial Orçamentária e de Custos em Secretarias Municipais de Saúde - www.escepti.com.br/cursos/GCPR14

·         Sustentabilidade Financeira em Instituições de Saúde - www.escepti.com.br/cursos/GPAS11

·         Práticas de BI na Área da Saúde Privada e Pública - www.escepti.com.br/cursos/GTIS11

E para informações adicionais ou consultorias   contato@escepti.com.br  !

 

 

Este endereço consta na lista porque em algum momento houve relacionamento com o autor em consultorias, seminários, cursos ou outra atividade profissional

Caso não queira receber novos informes, responder com a mensagem excluir

 

Sobre o autor Enio Jorge Salu

Histórico Acadêmico

·  Formado em Tecnologia da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo

·  Pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde pela USP – Universidade de São Paulo

·  Especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas

·  Professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta

·  Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unimed

Histórico Profissional

·  CEO da Escepti Consultoria e Treinamento

·  Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas

·  Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares

·  CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa

·  Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

·  Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas

·  Associado NCMA – National Contract Management Association

·  Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde

·  Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Própria

·  Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado