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Ginecologia e Obstetrícia do Brasil é uma das Melhores do Mundo

0202 – 15/07/2021

Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil

Inúmeros Indicadores Enaltecem as Especialidades em Relação às Demais

 

(*) todos os gráficos e tabelas são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil – a foto de baixo da internação do Presidente Bolsonaro foi obtida no site de “O Globo” em 15/07/2021 – e o “print” acima é do seminário Geografia Econômica da Saúde no Brasil: Ginecologia e Obstetrícia, de 08/07/2021 

 

Esta semana o Presidente Bolsonaro veio à São Paulo para realizar um procedimento:

·         Tirando da discussão qualquer aspecto político ... é uma ilustração com um caso real para fazer uma analogia com o objetivo do tema que vamos desenvolver aqui;

·         Se perguntar para a comunidade médico-científica vai ouvir quem defende, com fatos e números, que ele poderia ter ficado em Brasília, que possui excelentes profissionais e serviços para realizar o procedimento necessário;

·         E vai ouvir também quem defende com fatos e números o contrário: que, para quem tem condições financeiras, vale a pena vir a São Paulo;

·         E entre os maiores especialistas, haverá um equilíbrio entre “os prós e os contras”;

·         Isso sinaliza que uma coisa é fato: esta discussão “dá jogo”, ou seja, não existe maioria absoluta que entenda que o desenvolvimento desta especialidade é o mesmo em todo o Brasil, a ponto de ser questionado entre 2 dos grandes mercados da medicina do Brasil ... não estamos comparando São Paulo com “Xiririca da Serra” ... trata-se de Brasília !

Imagine se o caso fosse a esposa do presidente demandando “Parto tipo Cesariana”, ou um procedimento para retirar um nódulo da mama ... a esposa de um Governador de um Estado, ou a Governadora de um Estado, a Prefeita de um Município, ou a esposa de um Prefeito ...

·         Neste caso a maioria absoluta da comunidade médico-científica, senão a unanimidade, vai dizer que não existe qualquer motivo técnico para que haja o deslocamento da paciente por 1.000 km para fazer o procedimento, esteja ela em qualquer “canto” do Brasil ... a não ser que seja por outras razões que não sejam técnicas ... que não tenham a ver com a “essência da prática da medicina”;

·         Porque o desenvolvimento das especialidades Ginecologia e Obstetrícia no Brasil é muito diferente da especialidade demandada pelo Presidente.

Nos seminários temáticos Geografia Econômica do Brasil tenho tido a oportunidade, além de interagir com gestores da saúde privada e pública dos mais diversos tipos de empresas, identificar especialidades que subsistem com maior ou menor dificuldade:

·         As que contam com maior ou menor retaguarda técnica ... retaguarda financeira;

·         Poder analisar o cenário real em que se inserem, e que tipo de produto entregam para população dependente SUS ... para  beneficiário de planos de saúde ... e para a minoria de pessoas no nosso país que tem condições de bancar assistência médica.

É impossível que quem tenha participado do último seminário, o de Ginecologia e Obstetrícia, não tenha constatado que são especialidades muito desenvolvidas no Brasil !

Quando comparamos os indicadores das especialidades com as demais observamos que em quase todos os de Ginecologia e Obstetrícia, ou o indicador é equiparado aos melhores das demais, ou quando são indicadores desfavoráveis não se colocam na posição de “desesperadores”:

·         Os gráficos acima, por exemplo ... o da esquerda representa a relação entre os leitos especializados disponíveis na saúde suplementar e a quantidade de beneficiários de planos de saúde ... o da direita, os leitos especializados disponíveis no SUS pela população dependente SUS;

·         Mesmo não havendo leitos especializados em todas as cidades, e neste caso ginecologia e obstetrícia se ocupam dos leitos não especializados, comparado com outras especialidades é o melhor indicador entre todas, ou seja, é a especialidade que oferta a maior quantidade de leitos especializados para os que necessitam deles, tanto na SS como no SUS !

 

 

São as especialidades que contam com a maior variedade de serviços de apoio / retaguarda:

·         Serviço de atenção ao pré-natal, parto e nascimento;

·         Serviço de triagem neonatal;

·         Comissão de mortalidade materna;

·         Comissão de mortalidade neonatal;

·         Lactários e Bancos de Leite ...

 

 

E são serviços que se distribuem por todo o território nacional ... se não guardam proporção tão fiel à população existente, também não são tão díspares como ocorre nas outras especialidades !

 

 

Isso também se verifica em relação aos médicos especialistas:

·         Com exceção dos clínicos gerais, é a especialidade que mais permeia o território nacional;

·         E a relação (proporção) entre os que atuam na SS e no SUS, é a menor, ou seja, a diferença proporcional de oferta é a menor entre todas quando comparamos os sistemas de financiamento público e privado.

 

 

Somente no caso dos mamógrafos verificamos uma alta escassez em algumas regiões do Brasil, o que não ocorre no caso dos equipamentos para ultrassonografia, muito utilizados na atenção do pré-natal.

 

 

Este cenário resulta na menor diferença de média de permanência em contas dos procedimentos de uma especialidade entre o SUS e a SS:

·         Infelizmente o Brasil seguiu para uma regulação na Saúde Suplementar inadequada, que se limita na abrangência do que se relaciona com planos de saúde ... uma pena;

·         Desta forma não temos dados referentes ao grande mercado privado de partos que não tem a ver com operadoras ... o mercado em que o casal tem condições de bancar um “parto de luxo”, ou até sacrificam boa parte dos seus rendimentos para viabilizar “o momento inesquecível” em um ambiente mais parecido com “festa” do que com “hospital”;

·         Este mercado privado “não regulado” é gigante ... sabemos que é grande, mas não temos números confiáveis para definir o tamanho.

Minha mãe teve 5 filhos ... minha sogra 11 ... outros tempos !!!

·         Com o tempo o mercado “parto” foi encolhendo, e poderia ter sido abandonado;

·         Era muito mais comum ver “Hospital e Maternidade XXX” ... hoje isso é bem menos comum ver “maternidade” no nome dos hospitais;

·         O custo do período natal, e o custo de vida para sustentar filhos torna hoje praticamente impossível para a maioria das pessoas que tenham 3, 4 ... 11 filhos !!!!

Mesmo assim o Brasil desenvolveu a ginecologia de forma surpreendente:

·         A população carente é bem assistida pelo SUS, comparado com as outras especialidades;

·         Os benificiários de planos de saúde que não se importam com hotelaria, são bem assistidos, e o preço pago pelas operadoras aos serviços de saúde “são em média” bem padronizados e previsíveis;

·         E os que têm condições financeiras promovem um “turismo da saúde” fantástico ... pessoas que não abrem mão de ir à maternidade mais famosa, mesmo que em outra cidade.

E ainda ... muitos estrangeiros de países onde a especialidade não é tão avançada vêm ao Brasil:

·         Tive a oportunidade de conviver com um casal de africanos que preferiu vir ao Brasil para o parto porque não se sentiam seguros lá ... estavam desconfiados que a assistência pré-natal não estava adequada, e tinham condições financeiras para vir ao Brasil, apesar de serem de um país bem mais pobre que o nosso;

·         Como é a intuição ! ... o parto foi mesmo complicado ... o bebe teve que passar um tempo em UTI neonatal, e talvez não estivesse vivo se eles não tivessem tomado a decisão !!

Por isso podemos afirmar com um alto nível de segurança: a Ginecologia e a Obstetrícia do Brasil é uma das melhores do mundo, indiscutivelmente !!!

 

Conheça o estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil no web site   www.gesb.net.br   !

 

Sobre Enio Jorge Salu – CEO da Escepti

Histórico Acadêmico

·  Formado em Tecnologia da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo

·  Pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde pela USP – Universidade de São Paulo

·  Especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas

·  Professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta

·  Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unimed

Histórico Profissional

·  CEO da Escepti Consultoria e Treinamento

·  Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas

·  Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares

·  CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa

·  Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

·  Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas

·  Associado NCMA – National Contract Management Association

·  Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde

·  Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Própria

·  Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado