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Sua Majestade a Tabela SIGTAP do SUS

0273 – 10/05/2022

Referências: Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil

A Tabela de Preços da Área da Saúde Mais Desconhecida por Quem Deveria Conhecer

 

(*) todos os gráficos e ilustrações são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil e do material didático dos cursos da Jornada da Gestão em Saúde e da Escepti

Já perdi a conta de em quantos projetos de melhoria de faturamento SUS em hospitais já estive envolvido ... primeiro porque foram muitos, e também porque quando a gente vai ficando mais velhinho a memória “prega algumas peças” !

Em todos eles a base é baixar a Tabela SIGTAP atualizada para o velho Excel (porque o site costuma “passar umas chinelas na gente” quando mais necessitamos dele) e aplicar as melhores práticas para maximizar a receita – faturar ao máximo o que a tabela permite !

É provável que boa parte das pessoas que esteja lendo se pergunte por que fazer isso (baixar a versão atualizada) se a tabela não sofre atualização ?

·         E este é o primeiro mito sobre a tabela – ela sofre atualização;

·         Nunca tive “a pachorra” de ficar guardando cada atualização baixada;

·         Mas resgatando um dos projetos que conduzi há alguns anos para o HC de São Paulo para aumentar o ticket médio das contas de ortopedia (tanto da saúde suplementar como as AIHs do SUS) me deparei nos meus arquivos do projeto com o download da tabela utilizada na época;

·         O gráfico acima compara a evolução das SIGTAPs – de 2016 daquele projeto com a de 2022 dos projetos atuais.

Dá para perceber que não é só uma questão de atualização nos itens, que não são poucos:

·         Ela também sofre mudanças na estrutura -  de 339 Formas de Organização (pedacinhos dos subgrupos), hoje são 346;

·         As pessoas “rotulam” a área pública sempre como sendo “arcaica”, “burocrática” ...

·         ... fica aqui um desafio: pegue a tabela CBHPM da AMB e veja se houve mudança na estrutura neste mesmo nível ...

·         ... já avisando: vai perder seu tempo ... de jeito nenhum !

O que chamam de “arcaico SUS” vai se adaptando à evolução assistencial, não somente em relação aos procedimentos médicos e medicamentos, como ocorre na saúde suplementar em relação às tabelas da AMB e ao Rol da ANS:

·         Vai se adaptando também às novas terapias e ações de promoção e prevenção (tem um “zilhão” na SIGTAP que não é coberta pelos convênios);

·         Vai se adaptando às novas tecnologias, por exemplo, incorporação de medicamentos que na prática: primeiro são judicializados, depois incorporados no SUS e somente depois entram no Rol da ANS ... quando entram, diga-se de passagem !

·         Vai incorporando novas compatibilidades – os professores doutores que fazem cirurgia no SUS, por exemplo, são a fonte mais segura para novas incorporações ... se não acredita: pergunte para quem trabalha na área de “acesso das farmas” ou de “produto / tecnologia das indústrias”, por exemplo !

·         O que um hospital geral particular faz de cirurgia ortopédica em um mês, um especializado em ortopedia na área pública faz em um dia ... isso vale para partos, cirurgias cardíacas, neuro, gastro ... a técnica que está sendo usada hoje no “hospital de pedigree” foi desenvolvida em um universitário “sem ar-condicionado no quarto” muito antes de antes de anteontem !

Exceto em relação aos preços, as mudanças na SIGTAP são muito mais frequentes do que as CBHPM’s;

·         Então quem é “mais arcaico” ? SIGTAP ou CBHPM / ABO ?

·         Basta comparar a evolução estrutural delas para responder sem iniciar com “eu acho que ...” !

 

 

Neste período (2016-2022):

·         Exclusão de 252 itens da tabela ... e inclusão de 392, como mostra o gráfico da esquerda;

·         Diferente das referências AMB e CBHPM dos contratos entre operadoras de planos de saúde e hospitais (serviços de saúde) onde voce tem que ficar “quebrando a cabeça” para relacionar códigos da AMB-90 com a 92 ... da 92 com a CBHPM ... um item não se transforma em outro;

·         Quando se relaciona tabelas de edições diferentes da AMB, por exemplo, é um relacionamento N x N, é bom ressaltar: um código da tabela antiga pode ter se transformado em mais do que um na “mais nova”, ou alguns da mais antiga são agrupados em um na mais nova ... “que beleza !” para quem lida com autorizações, sistemas ...

·         ... e o contrato assinado invariavelmente “fica preso” na antiga ... tem contrato em 2022 que se relaciona com a AMB-90 ... fala sério! ... uma tabela que “já cantou parabéns pra voce” nada menos que 32 vezes ...

·         ... autorizar estes procedimentos nestes contratos ... discutir auditorias de contas ... “é com emoção” como se diz “nos Bugs nas areais lá em Natal” !

E em todos os 8 grupos da tabela como demonstra o gráfico da direita:

·         Não é somente um novo procedimento médico da tabela de honorários médicos que passa a autorizar atendimentos nos grupos 3 e 4 ...

·         ... também de promoção e prevenção da saúde (1), diagnósticos (2), procedimentos clínicos de todos os profissionais multidisciplinares (além dos médicos e dentistas) (3), procedimentos cirúrgicos (de médicos e dentistas) (4), transplantes (5), medicamentos (6), OPME (7) e outros (8);

·         Perceba que justamente nos procedimentos mais glosados da saude suplementar (grupo 3) “é onde mais” a tabela SIGTAP é ajustada ao longo do tempo ... justamente para “desenrolar” autorizações e glosas e adequar o plano orçamentário do SUS ... não fica inerte para dificultar ... para incentivar o conflito, eventualmente intencional na saúde suplementar !

 

 

Ajustes na descrição de itens (gráfico da esquerda) que podem reduzir dúvidas elucidando enquadramentos, mas também de valor (gráfico da direita):

·         E como é possível verificar, ao contrário do que a maioria absoluta das pessoas pensa, não são poucas as alterações de valores em itens;

·         Tanto itens que não tinham preço e passaram a ter, como alterações nos preços que já existiam.

O segundo mito relacionado à SIGTAP é o de que as pessoas envolvidas no faturamento SUS há muito tempo “sabem tudo sobre a tabela”:

·         São raríssimos os “humildes” que entendem que para lidar com ela é necessário estudar e definir uma rotina para se atualizar em relação a ela;

·         Posso afirmar isso porque em outro projeto (lá vem história) fui convidado a dar um curso de faturamento SUS para gestores de serviços de saúde do Estado de São Paulo. Foi na Secretaria de Estado da Saúde, e participaram mais de 200 gestores de faturamento de serviços de saúde públicos ... uma honra para mim !

·         Neste curso fizemos uma pesquisa questionando quantos já haviam participado de um curso a tabela SIGTAP – todos responsáveis por áreas de faturamento há uns bons anos – o resultado foi mais de 90 % deles afirmando que nunca tinham tido treinamento assim !!

·         Neste cenário a honra de saber que, mesmo que tenha sido uma pequena contribuição, ajudou serviços a faturar melhor – transformar sua produção em real em recursos financeiros que permitem melhor sustentabilidade ao serviço ... e assim aumentar o acesso da população à saúde pública !!!

Em outro projeto (lá vem história de novo !) para dar apoio à implantação de um sistema único em hospitais da administração direta do Estado de São Paulo pude conhecer “in loco” mais de 30 hospitais:

·         Na maioria deles “uma senhorinha” ou “um senhorzinho” (chamando assim porque a maioria não se tratava de pessoa tão jovem) respondia pelo faturamento e tinha aprendido a faturar com seu antecessor ... e o que ensinou aprendeu “de forma autodidata”, vamos dizer assim ... e o que estava ensinando aos poucos para os “novos” funcionários do faturamento fazia da mesma forma ... para pessoas cuja chance de ficarem no departamento muito tempo beirava a zero !

·         A maioria destes departamentos se localizava em uma área “não muito nobre”: “porão”, “mezanino” ou coisa do tipo ... afinal faturamento não tem importância não é verdade ?

·         Ah ... plano de carreira para estes funcionários ... “zero ao quadrado” !

Áreas que nem se atualizam em relação à tabela, nem tem método para descobrir como aumentar o faturamento;

·         Utilizam cópias de “gabaritos” que ninguém maios tem o original ... cópia, de cópia sabe ? ... voce tira o papel da copiadora e parece que ele tem 200 anos de idade ... uma boa parte “meio ilegível” ... um pecado !

·         E das mãos deles ... destes profissionais ... “no porão” ... dependem faturamentos de milhões (ou dezenas de milhões) de reais ... é assustador !!

A honra de também poder ter participado deste projeto foi compensada quando começamos a avaliar os números da “sistematização do faturamento” que aumentou o ticket médio das AIHs e do volume de itens faturados em BPAs, APACs e RAASs ... e consequentemente o valor faturado maior foi base para um orçamento maior ... aumentando o acesso da população ao SUS ... fantástico !!!

 

 

Faturar SUS é como fazer a declaração de imposto de renda ... pagar impostos:

·         Existem alternativas tributárias;

·         Na declaração de imposto de renda, por exemplo, voce pode optar pelo “cálculo completo” que calcula o imposto pelo “lucro”, ou optar pelo “cálculo simples” que aplica um desconto padrão sobre os vencimentos – para quem “é mais antigo, se é que me entende”, optar pelo formulário verde ou azul da declaração feita à mão !

·         Voce escolhe a melhor opção, ou seja, a que paga menos, se vai pagar ... ou restituir mais, se vai receber;

·         Isso não é sonegação de imposto – é aproveitar a oportunidade tributária. Não existe nada de ilegal, imoral ou antiético nisso ... a tal da alternativa tributária que não é aproveitada é “pura falta de capacitação” de quem não aproveita a oportunidade que ela oferece !

·         No faturamento de contas SUS também é assim: em uma grande parte das vezes voce analisa uma opção ou outra de enquadramento, e aplica aquela que dá melhor resultado – não existe nada de ilegal, imoral ou antiético nisso também;

·         Se quando escolhemos a alternativa de pagar menos imposto é algo bom para nós – no caso do faturamento SUS é a forma do serviço se viabilizar melhor e, com mais recurso, dar mais acesso à população para os recursos de saúde – é bom para nós e para quem necessita do nosso serviço para se curar também !

Agora, olhando os gráficos anteriores que demonstram inclusões e exclusões de itens ...

·         ... e olhando estes gráficos acima que demonstram as alterações de preço ...

·         ... como pode alguém “em sã consciência” imaginar que o estudo que fez há alguns anos para definir a melhor opção de faturamento para um procedimento “campeão de audiência” nos seus mapas de produção continua sendo válida ?

Como pode alguém saber se foi incluído um novo item para ser faturado que não poderia ter ser faturado antes se não tiver uma metodologia pragmática para lidar com isso ?

·         Não pode ... não tem como poder ...

·         ... e acho que mostrando estes dados sobre a “volatilidade da Tabela SIGTAP” fica “mais do que óbvio” entender isso, não é verdade ?

Este tema (como maximizar o valor das contas SUS) compõe uma parte da carga horária dos cursos programados agora para junho (detalhes na página jgs.net.br):

·         GNAS02 - Práticas Comerciais da Área da Saúde Pública e Privada no Brasil

·         GNAS17 - Melhores Práticas da Gestão do Faturamento em Hospitais, Clínicas e Centros de Diagnósticos na Saúde Suplementar e no SUS

·         Faz parte também de uma das aulas que vou ministrar em turma de pós-graduação da Faculdade do Einstein este mês ... sempre agradecendo a oportunidade que as Professoras Deise de Carvalho, Glauce Roseane de Almeida Brito e Marcela Marrach Coutinho me proporcionam ... muito obrigado !!

Sempre me toca nestes cursos e nestas aulas a expressão de surpresa no rosto dos participantes quando descobrem que SUS “não paga contas do tipo pacote”:

·         É claro que a tabela SIGTAP é “mais empacotada” do que as tabelas da saúde suplementar ... graças a Deus !

·         É claro que SIGTAP não prevê o pagamento de materiais descartáveis ... há anos não paga medicamento de baixo custo ... assume que estes insumos estão no valor pago pelo procedimento;

·         Mas as contas de internação podem ser compostas por itens de todos os grupos da tabela, então, se souber aproveitar vai o procedimento principal (3), mais os secundários (3 e 4), mais exames (2), mais medicamentos (6), mais OPME (7) e itens complementares (8) ... e “se bobear” de promoção e prevenção (1).

A “cara de interrogação” da maioria absoluta dos participantes do curso ao saberem disso é “spoiler” garantido para a expectativa de quem dá o curso ... motiva a gente a discutir as melhores práticas de faturamento das contas:

·         Na verdade nestes cursos programados para junho tratamos das melhores práticas de faturamento tanto do SUS como da Saúde Suplementar;

·         Porque infelizmente o “engessamento dos processos” para adequação aos limites das funcionalidades dos sistemas de informação que existem, especialmente nos hospitais, foi “emburrecendo a inteligência de negócios” dos hospitais;

·         Processos engessados a tal ponto que as áreas envolvidas na formação das contas perdem o discernimento sobre alternativas de faturamento, porque o sistema é “travado” de tal forma no nível operacional que se eles quiserem consultar uma tabela não conseguem ... conheço vários locais onde os faturistas são “divididos em partes da conta” e só conhecem aquele pedacinho da tabela que utilizam há décadas ... nunca leram as partes introdutórias de uma das tabelas da AMB, tão ou mais importantes do que as colunas de preços ... são “como peixinhos que nunca saíram do aquário” definido pela área de treinamento no módulo do sistema que utilizam – e olhe lá !

·         Vivemos uma época em que a formação dos faturistas é básica ... desconhecem os conceitos das tabelas de preços a ponto de pensarem que Brasindice é uma tabela de preços, e não um serviço prestado por uma empresa !

 

 

Quando estratificamos as atualizações da tabela SIGTAP por Forma de Organização, como demonstra a tabela acima, fica “escancaradamente muito mais do que óbvio” que o padrão que definimos há alguns anos para faturar tem praticamente zero de chance de estar 100 % aderente à realidade hoje:

·         Os ajustes na tabela são “como um vírus” que se espalha por todas as formas de organização, permeando toda a tabela !

·         Vale dizer: SIGTAP é um dos orgulhos do nosso SUS;

·         Já prestei consultoria fora do Brasil para hospitais privados e órgãos públicos da gestão da saúde pública ... ela é utilizada como referência fora do Brasil para muitas coisas, tanto na área privada como na área pública;

·         Somando isso aos contatos que desenvolvo no LinkedIn posso afirmar o quanto dezenas de países nos invejam pela estrutura orçamentária do sistema de financiamento SUS ... espelhada na nossa SIGTAP em gênero, número e grau !

E para mim, que sou uma pessoa que não tem formação assistencial, por exemplo, é uma constante aula de medicina, odontologia, enfermagem ... toda vez que “esbarro” nela aprendo uma coisa nova:

·         E como sempre digo: “faço questão absoluta de não me meter em discussões técnico-assistenciais”;

·         Conhecer a estrutura básica da tabela ... seus mecanismos de compatibilidades, de relacionamentos ... sou testemunha ... isso é mais do que suficiente para que qualquer gestor consiga “sentir o cheiro” de como proceder para maximizar o faturamento de qualquer tipo de instituição que presta serviço ao SUS, seja público, seja privado;

·         O detalhe ... o “plus” da informação necessária para definir kits de faturamento por exemplo ... a gente envolve quem de direito para auxiliar nas ações: o profissional assistencial que estudou anos para aprender sobre sua profissão !

E em muitas vezes em projetos de consultoria utilizamos a tabela SIGTAP como referência para desenvolver contratos na saúde suplementar, porque as referências de compatibilidade que ela tem não achamos em lugar nenhum na saúde privada:

·         Na verdade até existe, mas o que existe não tem consistência alguma: “puro lixo” se me permite a força de expressão;

·         Por exemplo: em quase 100 % dos projetos que se intitulam “valor em saúde” e se apresentam como a “salvação da lavoura”, o “futuro da saúde”, ou coisa do tipo ... se o autor tivesse utilizado a SIGTAP como referência para entender o ciclo real de atendimento da assistência para as doenças, teria produzido algo mais adequado a realidade ... ao contrário, utilizam TISS, TUSS e DRG, e “micam” a própria justificativa do seu projeto !

Existe método para gerenciar a utilização da tabela SIGTAP nos serviços de saúde:

·         Melhores práticas para descobrir se estamos faturando “tudo de direito”;

·         Baseado nos métodos, os projetos de melhoria do faturamento sempre dão algum resultado ... “dá para trucar e pedir 6” que o ticket médio das contas vai melhorar !

·         Nestes cursos programados para junho, por exemplo, o participante recebe planilhas que auxiliam a implantação das melhores práticas de faturamento, exemplos de checklists e kits ... discutimos como o método, simples e prático, comprovadamente dá resultado !!

O que a “senhorinha ou o senhorzinho” coloca como barreira (incompatibilidade), na verdade utilizamos justamente para descobrir as oportunidades de melhoria:

·         É claro que para isso é necessário abrir a mente: não conhecemos tudo sobre SIGTAP a ponto de não necessitarmos mais nos atualizar !

·         Um instrumento desenvolvido por milhares (dezenas de milhares ?) de profissionais durante décadas ! ... e não uma tabela definida “no tempo do onça” que nunca mais foi atualizada !!

·         Simples assim !!!

Mas ... não dá para “deixar passar batido” ...

·         ... se o administrador hospitalar tirar o departamento de faturamento do porão ...

·         ... se privilegiar os processos que formam as contas enquanto o atendimento é realizado, e não a partir do momento que aquele “monte de papel cheio de ácaro”, que chamam de prontuário, chega no faturamento após a alta do paciente ...

·         ... também ajuda muito !

 

 

A Tabela SIGTAP, em sua estrutura e utilização para compor e auditar contas, especialmente as da alta complexidade:

·         Substitui com vantagens ... e com muitas vantagens ... a “mixórdia” existente pelas inúmeras tabelas de preços utilizadas na saúde suplementar regulada (AMB, CBHPM, ABO, Brasindice, Simpro, Negociada, 3 orçamentos, preço de aquisição da NF ...);

·         Como na saúde suplementar este “monte de tabelas” na prática só servem para indexar os preços, uma vez que sempre existem deflatores e multiplicadores que modificam completamente o “estampado” na tabela ... agravados pela aplicação de forma diferente em partes (grupos) das tabelas ...

·         ... é claro que se aplicássemos uma única tabela seria muito mais simples e eficiente gerir os contratos entre as operadoras e os serviços de saúde ... basta fazer a mesma coisa tendo a SIGTAP como referência (deflatores e multiplicadores).

Nestes cursos fazemos a “analogia” da tabela SIGTAP com as tabelas da saúde suplementar, como ilustra a figura ... porque é essencial que o participante, se é gestor de áreas de precificação, faturamento, auditoria de contas ... entenda prós e contras das estruturas de financiamento da saúde privada e pública ... que são tão diferentes, e não precisariam ser !!

Só quem eventualmente poderia não gostar disso seria a ANS, que partiu para produzir uma codificação diferente para a saúde suplementar regulada (TISS e TUSS) ao invés de se utilizar de algo que já estava desenvolvido (SIGTAP):

·         Não havia a menor necessidade da criação de novos padrões ... e é fácil comprovar;

·         Se o SUS não tem Rol (é mais abrangente que a Saúde Suplementar) e é gigante em relação à Saúde Suplementar (210 milhões de beneficiários x 50 milhões de beneficiários ... envolve ~10 vezes mais serviços de saúde do que os da saúde suplementar) ...

·         ... e SIGTAP atende o SUS ...

·         ... porque SIGTAP não atenderia na saúde suplementar ?

Na verdade não existe desculpa alguma para que operadoras e serviços de saúde não utilizem a SIGTAP como referência:

·         É só contratualizar por ela, e quando for trocar as informações (contas) codificar como a ANS quer – o “de x para” dos “milhões” de tabelas da saúde suplementar para a SIGTAP é muito mais simples do que o “de x para” das próprias tabelas AMB, por exemplo;

·         Assim os contratos ficariam mais simples, as contas mais simples ...

·         ... e deixariam a ANS ficar com os seus registros com a padronização que ela quer, para os interesses dela !

Discutimos isso em um programa de capacitação em uma “operadora gigante” no final do ano passado:

·         Embora aparentemente ela não tenha decidido fazer isso (quem sabe “ainda” !), nenhuma barreira que pudesse inviabilizar tecnicamente um projeto desses foi colocado por qualquer dos gestores da operadora envolvidos – porque barreiras não existem !!

·         E olha que estou falando de um time de gestores extremamente experientes, de uma operadora gigante, de âmbito nacional !!!

Para quem não conhece o SUS ... para quem só presta atenção no SUS quando aparece algum evento adverso na mídia ... tenho certeza de que se surpreende com cada coisa boa que a gente comenta sobre ele !

Este é mais um texto que enfatiza coisas que devemos ter orgulho em relação ao SUS:

·         Da abrangência ... é o maior sistema público de saúde do mundo ... já demonstrado em posts com números e fatos;

·         Da organização descentralizada ... federal, estadual, distrital e municipal ... também já demonstrado em vários posts;

·         Da regulação ... nas filas todos são iguais ... as filas são grandes porque os recursos são negligentemente restritos por todos os âmbitos governamentais ... mas as filas funcionam sem dar privilégios;

·         ... e da SIGTAP ... uma tabela “fantasticamente idealizada” ... e como dito aqui: constantemente atualizada !

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre ela, acesse o site do modelo GFACH-FATSUS e baixe o livro gratuitamente – não é necessário login nem senha – só entrar e fazer o download do livro em PDF ... centenas de milhares de gestores já fizeram isso, e a maioria da maioria da maioria absoluta eu nem sei quem são ... o que me enche de orgulho !!!!!

Aproveito para informar que estão abertas as inscrições para os cursos de maior demanda de interessados em Junho e Julho:

·         GNAS02 - Práticas Comerciais da Área da Saúde Pública e Privada no Brasil

·         GNAS17 - Melhores Práticas da Gestão do Faturamento em Hospitais, Clínicas e Centros de Diagnósticos na Saúde Suplementar e no SUS

·         GNAS12 - Como Avaliar Preços de Pacotes em Hospitais, Clínicas e Centros de Diagnósticos

·         GNAS13 - Como Definir e Precificar Pacotes em Operadoras de Planos de Saúde

·         Informações sobre os cursos e inscrições na página – www.jgs.net.br   !

A pandemia pôs a prova a capacidade das áreas de faturamento e auditoria de contas:

·         Serviços que não tinham UTI passaram a ter;

·         Pacotes inviáveis de tratamentos crônicos dominaram a pauta dos gestores do SUS, das operadoras e dos serviços de saúde;

·         E, a evolução da medicina não estagnou ... se houve apagão no ministério da saúde, se eletivas foram adiadas, se tratamentos preventivos foram suspensos ... tudo isso mudou o perfil das contas tanto no SUS como na saúde suplementar significativamente;

·         O melhor caminho para não perder a oportunidade de faturar bem ... para não correr o risco de pagar mais ... é se certificar de que os gestores dominam o básico;

·         Os cursos não foram escolhidos apenas porque existia uma grande demanda de interessados que reservaram vagas ... mas porque estamos em um cenário de mudanças importantes ... e estes temas são importantes para quem se preocupa com a sustentabilidade financeira das fontes pagadoras e dos serviços de saúde !

Conheça o estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil, e os seminários temáticos     www.gesb.net.br     !

Confira a lista de milhares de profissionais que já participaram das capacitações da Escepti em   www.escepti.com.br/certificados

Informações adicionais sobre cursos e consultoria em gestão na área da saúde     contato@escepti.com.br  !

 

Sobre o autor Enio Jorge Salu

Histórico Acadêmico

·  Formado em Tecnologia da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo

·  Pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde pela USP – Universidade de São Paulo

·  Especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas

·  Professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta

·  Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unimed

Histórico Profissional

·  CEO da Escepti Consultoria e Treinamento

·  Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas

·  Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares

·  CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa

·  Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

·  Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas

·  Associado NCMA – National Contract Management Association

·  Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde

·  Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Própria

·  Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado