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Mais de 1.000 kits de faturamento para melhorar a receita das filantrópicas
0345 – 28/07/2023
Ref.: Cursos Profissionalizantes em Gestão da Saúde, Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil
O caminho das pedras e o asfaltado na rotina do faturamento e da auditoria de contas hospitalares
(*) todos os gráficos e ilustrações são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil e do material didático do Programa Cursos Profissionalizantes em Gestão da Saúde, dos cursos da Jornada da Gestão em Saúde e da Escepti
Mais um ano tive a oportunidade de abrir turmas gratuitas para gestores de faturamento e de auditoria de contas para profissionais que atuam em hospitais filantrópicos:
· Hospitais que atendem tanto saúde suplementar como SUS;
· Instituições que “lutam” pela subsistência e, muitos deles, não dão para as áreas de faturamento e auditoria de contas a importância necessária para que a instituição continue subsistindo !
· Geralmente faturam mal, não recrutam profissionais realmente especializados, e não dão (ou não podem dar) treinamento adequado para os faturistas e auditores de contas que têm ... um ciclo de “pioramento contínuo”;
Estas instituições até tem bom faturistas ... bons auditores ... mas não têm gestores de faturamento ... gestores de auditoria:
· Porque faturar é uma coisa ... ter uma boa gestão do faturamento é outra, completamente diferente;
· Auditar contas é uma coisa ... ter uma boa gestão da auditoria é outra completamente diferente;
· Sem gestão, perdem receita ... empenham recursos “burocraticamente” em processos que não têm como serem otimizados;
· Os faturistas ... os auditores ... os analistas de contas ... não se atualizam adequadamente com o que se pode faturar, com o que se pode aceitar em glosas ou não ... trabalham muito, mas produzem pouco;
· E quem paga é a sustentabilidade da instituição que vai perdendo poder de investimento, e mesmo da própria manutenção, ao longo do tempo.
Como são instituições fundamentais tanto para a saúde pública (SUS) como para a saúde privada (tanto a regulada pela ANS como a não regulada pela ANS) ...
· ... vem a motivação para auxiliar;
· Porque se a instituição se sustenta melhor ... se consegue transformar adequadamente a sua produção em receita ... se sustenta melhor, não reduz a qualidade assistencial e, principalmente, melhora o acesso da população aos serviços de saúde ... que é o que importa para a gestão da saúde !
· Já tentei por diversas vezes conseguir apoio de “alguns players” do mercado que têm relacionamento comercial de rotina com estas instituições para manter um programa constante de capacitação, mas não tive sucesso ... então, dentro daquilo que minha empresa pode fazer sem auxílio, fazemos, porque a carência em capacitação dos profissionais que atuam nestas instituições não é pequena !!
Todos os participantes receberam mais de 1.000 kits de faturamento:
· Receberam a chave para fazer o download gratuitamente nas páginas dos modelos ...
· ... tanto para faturar adequadamente procedimentos na saúde suplementar, como no SUS;
· Muitos deles, como sempre, se surpreenderam quando aprenderam que “SUS não é pacote” ...
· ... que existe muita diferença entre faturar tudo que se pode ... tudo que a Tabela SIGTAP permite ... e o que alguém ensinou a faturar sem nunca ter feito um curso de gestão do faturamento;
· Muitos deles, como sempre, se surpreenderam com o nível de perda que existe na rotina tradicional de faturamento na saúde suplementar baseada “no sistema” ...
· ... se surpreenderam com a quantidade de erros que o sistema “esconde debaixo do tapete” e que tem que ser ajustado “no braço” já que esperar que o sistema faça “é perda de tempo”;
· Muitos deles, como sempre, se surpreenderam em como se desperdiça recursos em auditoria com coisas que não agregam valor ...
· ... dão foco em coisas sem significância ... e perdem receita naquilo que é mais importante.
Sei que, na realidade deles, apesar de terem entendido o que foi discutido, não vão conseguir modificar os processos que existem na sua instituição:
· Existem interesses diversos que privilegiam a continuidade da ineficiência;
· Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam ... ao contrário do que a maioria das diretorias hospitalares pensam ... geralmente não é questão de resistência dos profissionais assistenciais ... é na própria estrutura de faturamento e de auditoria de contas que a resistência é maior;
· Nunca duvide da “capacidade do establishment” de manter processos ineficientes ...
· ... nunca duvide que uma pessoa pode “ter feito uma prestação para comprar um bem” contando com as horas extras que “sempre pingam” porque o processo é ruim ... se é que me entende !
O modelo tradicional de faturamento e auditoria de contas:
· Se baseia na transformação de registros (prescrição, evolução e checagem) em receita;
· Como nem tudo que é feito é checado ... a perda é inevitável ... perdas de “coisas” que o procedimento não poderia ter sido realizado se não tivesse havido consumo;
· O óbvio é que se não foi checado e não foi utilizado, a perda por “falta de documentação” fica visível ...
· ... mas o que não foi checado, apesar de prescrito, pode não ter sido utilizado ... isso é ainda pior ... e além da perda de faturamento, existe perigosíssima chance de ter sido desviado;
· Na minha experiência tem mais desvios em hospitais que se baseiam “nesta verdade sistêmica” do que corinthianos na Zona Leste de São Paulo !
É o erro que se comete quando se baseia o faturamento em kits de dispensação:
· Se não existe gestão deste processo, tudo fica “maravilhosamente” errado ... ninguém olha porque existe uma base de controle de estoque regrando o faturamento;
· Chega a ser “engraçado” ... quando o hospital faz inventário percebe que seu controle de estoques tem falhas, e não se atenta que se o estoque estava errado, as contas faturadas estavam mais erradas ainda ...
· ... é “mais que engraçado” ... o gestor hospitalar “faz drama” porque houve quebra de estoque de um item cujo custo de aquisição é R$ 1,00 ... e não se atenta que este insumo na conta faturada tem preço de venda de R$ 10,00 ... ou seja ... olha para “a formiguinha” da quebra de estoque, e deixa “o elefante” da perda de receita muito maior debaixo do tapete ... é ou não é “sinistro” ?
· Se não existe uma rotina de auditoria do processo, o erro é “no atacado” e não “no varejo”.
Como os sistemas de informação hospitalares ... todos ... se baseiam nesta premissa ...
· ... e como os sistemas de informação hospitalares ... quase todos ... não oferecem rotinas de auditoria deste processo ...
· ... a direção do hospital, que confia “cegamente” no processo, se acha o “Rei da Cocada”;
· E quando descobre que “tem gato em cima do telhado” ... que existe perda, e não é pouca ...
· ... é induzido a investir em assinaturas eletrônicas, reconhecimento facial, sistemas auxiliares de apoio para apontar erros ... tudo baseado na premissa que o erro se deve à rebeldia do médico, enfermeiro, fisio ...
· ... gasta “um zilhão” achando que tudo vai se resolver com o investimento em tecnologia !
Mas não vai ... “é muita inocência” pensar assim ... na maioria dos casos, além de não resolver ... piora:
· Particularmente acompanhei esta odisseia em alguns hospitais ... ninguém me contou ... pude apurar;
· O antes e o depois das contas não melhorou ... o ticket médio das contas até piorou em vários casos;
· Além de não faturar melhor, ainda inseriu um custo em tecnologia absolutamente inútil;
· Como “a indústria da tecnologia” trabalha muito bem esta “venda” ... este cenário continua expandindo ... ao invés de reduzir a complexidade dos processos ... aumenta !
Quando paradigma de que faturamento e controle de estoque são indissociáveis não é quebrado o dano é irreparável:
· Eterniza o clima de guerrilha entre as áreas de faturamento, auditoria, farmácia, CEM, CM, OPME e profissionais assistenciais multidisciplinares;
· Cristaliza os processos de disparos de erros de uma área para outra;
· Entra ano e sai ano e continuam aquelas “reuniões de discussão de relação” ...
· Aquele misto de “cizânia com briga risca-faca” que dá um “sono danado” porque todo mundo entra com um monte de erros e documentações para provar que está certo e o outro não;
· Termina a reunião e o resultado prático é que haverá uma nova reunião em que todo mundo tem que trazer mais documentação para provar que o que o outro disse está errado ... sabe como é ?
A essência da gestão é se basear em padrões:
· POPs e ROTs assistenciais;
· Faturar tudo que não tem como não ter sido utilizado se o procedimento foi feito;
· Envolver a área assistencial na formalização dos POPs e ROTs ... e não em ficar consertando errinhos ... atrapalhar o mínimo possível a rotina assistencial, envolvendo os profissionais assistenciais na estruturação do faturamento e não na rotina do faturamento e da auditoria de contas;
· E conscientizar a área assistencial que prontuário certo serve prioritariamente para proteger ele nos eventos adversos, e para que ele aumente a qualidade da assistência que presta ...
· ... e não para faturar contas.
O prontuário certo deve ser a base do faturamento:
· E não a área de faturamento ser o instrumento de correção dos prontuários ... isso é um erro clássico ... é algo como “entregar nas mãos de Deus”;
· Erro que se intensifica no processo tradicional que se baseia “na existência de um cordão umbilical” entre o controle de estoque e a formação das contas ... são processos de objetivos, premissas e regras completamente diferentes ... não adianta tentar fazer com que sejam a mesma coisa ... Deus não ajuda a fazer coisa errada !
O que discutimos exaustivamente no evento com as filantrópicas foi a necessidade de quebrar os paradigmas mais inconvenientes para a preservação da receita hospitalar.
Na rotina tradicional o processo de formação das contas costuma ser diferente dependendo se for SUS, se for Saúde suplementar pacote ou conta aberta ...
· ... quando deve ser justamente o contrário: deve ser o mesmo, independente da contratualização;
· A conta é o espelho da produção ... deve representar 100 % o que aconteceu ... independente de como a conta será apresentada para quem vai pagar por ela.
Na rotina tradicional a auditoria audita todas as contas da mesma forma ...
· ... quando deveria auditar somente aquilo que dá resultado ... eventualmente até deixando de auditar contas dependendo da forma como o caso está contratualizado;
· Porque não existe recurso de auditoria para auditar todas as contas da mesma forma “em lugar nenhum do mundo” ... nestes anos de atuação profissional na área (e não são poucos) ainda não fui apresentado para um hospital que tenha auditores em quantidade suficiente para auditar todas as contas com o máximo rigor e atenção da mesma forma ... gostaria de ter conhecido ... mas ainda não conheci e, sinceramente, “aposto meu último dólar furado” como nunca vou conhecer um dia;
· Auditoria é um recurso escasso ... e caro ... muito caro ... não dá para ficar gastando um único minuto de auditoria com “bolinha de algodão”, se é que me entende !
Bem ... várias vezes escrevi que colecionei sucessos e fracassos em consultorias que tentaram fazer o hospital “virar a chavinha”, aproveitando o que se pode na integração estoque faturamento, mas não se baseando 100 % nisso:
· Hoje estou “bem mais escolado” ... quando a alta gestão não entende a mudança de paradigma, não adianta insistir;
· A gente fala ... explica ... demonstra ... mas ele acaba cedendo para o discurso dos vendedores de tecnologia ...
· ... de processos inadequados que no fim da jornada acabam sempre na direção de “detonar os envolvidos” ...
· ... é fácil para estes vendedores dizerem que funciona em todo lugar (não é verdade) e não funciona naquele hospital porque as pessoas não estão engajadas (pode ou não ser verdade);
· Quando vejo que a quebra de paradigma envolve interesses ou não é assimilado ... nem perco mais o meu tempo;
· Quando percebo que tem gente pagando boletos que só podem ser pagos às custas de horas extras ... esquece ... Deus me livre brigas contra este tipo de establishment ... é “remar contra a porococa” !
Mas continuo acreditando que “nesta legião de gestores” que participaram dos cursos gratuitos para as filantrópicas neste ano ... se em uma delas a “chavinha virar” ... já me dou por satisfeito ... o ganho será grande ... e ela vai entregar para a população mais do que entregava antes ... isso é o que mais gratifica !
Que façam bom uso dos kits é o que espero !!
Consultoria e Coaching de Carreira para gestores na área da saúde privada e pública www.escepti.com.br
Cursos Profissionalizantes em Gestão da Saúde para gestores da saúde privada e pública www.cpgs.net.br
Jornada da Gestão em Saúde de cursos abertos e “in company” www.jgs.net.br
Lista de milhares de profissionais certificados www.escepti.com.br/certificados
Conteúdo especializado para gestores da área da saúde privada e pública www.noticia.net.br
Geografia Econômica da Saúde no Brasil, e seminários temáticos www.gesb.net.br
Modelos para gestão em saúde (livros gratuitos para download) www.escepti.com.br
Contato contato@escepti.com.br
Sobre o autor Enio Jorge Salu
CEO da Escepti Consultoria e Treinamento
Histórico Acadêmico
· Formado em Tecnologia da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo
· Pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde pela USP – Universidade de São Paulo
· Especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas
· Professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta
· Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unimed
Histórico Profissional
· Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas
· Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares
· CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa
· Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação
· Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas
· Associado NCMA – National Contract Management Association
· Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
· Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Própria
· Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado