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Primeiro trimestre de 2024 das operadoras melhor que o de 2023, mas ...
0391 – 23/06/2024
Ref.: Cursos Profissionalizantes em Gestão da Saúde, Geografia Econômica da Saúde no Brasil e Jornada da Gestão em Saúde no Brasil
Operadoras demorando a se adaptar aos novos tempos da Saúde Suplementar no Brasil
(*) todos os gráficos e ilustrações são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil e do material didático do Programa Cursos Profissionalizantes em Gestão da Saúde, dos cursos da Jornada da Gestão em Saúde e da Escepti
Quando o Santos ganha uma partida, mesmo sendo “na segundona”, eu comemoro ... é que temos para o momento, não é verdade ?
Os gráficos acima “têm o mesmo gosto”:
· O da esquerda demonstra a evolução do número total de operadoras de planos de saúde com prejuízo, em 2019, e a cada trimestre a partir de 2023;
· Comparando o primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre de 2023, é comemoração da vitória do Santos ... caiu impressionantes 5 pontos percentuais ... muito bom !
· Graças a Deus o indicador está caindo, e como demostra o gráfico da direita, tanto operadoras de planos de assistência médica e odontológica, como operadoras de planos exclusivamente odontológicos ... graças a Deus !
Uma vitória para nenhum Santista deixar de comemorar ... estas empresas são o “termômetro” de um segmento de mercado que gera milhões de empregos ... milhões não é exagero ... são milhões mesmo !
Mas ... tudo tem um “mas” ...
· Quando comparamos 2019 com 2024 ...
· ... quando vemos que em 2023 o primeiro trimestre não representou o que aconteceria no restante do ano, porque ao longo do ano o indicador foi piorando ...
· ... “cai a ficha e vemos que se trata de “segunda divisão”.
A tendência é melhorar ... está claro ... mas voltar a primeira divisão de 2019 ... é melhor não contar com isso por um bom tempo:
· O mercado mudou, e boa parta das operadoras não entendeu a mudança;
· Uma boa parte ainda pensa que o modelo de gestão de 2019 “vai salvar a pele da sapecada” ...
· ... não vai ... não tem como !!
Quando estratificamos os primeiros gráficos por modalidade de operadora fica bem claro que não é uma mera particularidade de um determinado tipo de operadora:
· Sejam as “com fins lucrativos” como as “sem fins lucrativos” ...
· ... cooperativas, sociedades anônimas, sociedade limitadas ...
· ... assistência médica ... assistência odontológica ...
· ... todas no “mesmo Titanic”.
E como no Titanic ...
· ... o risco era previsto ... o dano poderia ter sido evitado ... ou pelo menos “muito mitigado” ...
· ... e existiam botes salva-vidas ... tem saída mesmo após o impacto da pandemia para parte de quem está no navio ...
· ... se não houve precaução para o dano que era iminente, a operadora deve correr imediatamente para o bote, se é que me entende !
· Ficar “tocando enquanto o barco afunda é coisa de filme” !
A saída ... o bote ... todas, ou pelo menos a maioria das operadoras conhece, mas boa parte não está “fazendo a lição de casa”:
· Achar que “descontar” no médico ... no serviço de saúde ... continuar a desviar da mudança no modelo de negócios que é a única coisa que realmente “vai desviar do Iceberg”, dá nesses números que estamos vendo nos gráficos;
· Quem trabalha profissionalmente com isso sabe quem o que está acontecendo: a maioria está abrindo mão da qualidade do produto, entregando cada vez menos para que o cliente pague cada vez mais barato e/ou tenha maior lucro ... não é o caminho: nenhum segmento de mercado sobrevive piorando o produto !
Todos os indicadores teimam em mostrar que não é este o caminho:
· E uma boa parte das operadoras teima em achar que é;
· Nesta “briga” entre os indicadores e o modelo de gestão das operadoras que não muda, eu aposto nos números ... se é que me entende também !
As tabelas demonstram a evolução do resultado das operadoras, agrupando por modalidade:
· Em todos “comemoramos” a comparação da coluna da direita (o primeiro trimestre de 2024) com a segunda coluna (o primeiro trimestre de 2023);
· Mas em todos a coluna da direita multiplicada por 4 (projeção para todo o 2024) é “humilhada” pela coluna da esquerda que representa 2019 !
· Vamos lembrar que estas modalidades são as que “brigam com a faca nos dentes” pelo mercado ...
... as autogestões e filantropias não brigam pelo mercado:
· Filantropias até esboçam um resultado interessante quando comparado com 2019 ... mas representa um “pedacinho” quase insignificante do mercado;
· E em autogestões, como sabemos, lucro ou prejuízo na maioria absoluta delas é uma mera questão de aporte da mantenedora “na linha de tempo” do fluxo de caixa;
· Não podem ser comparadas com as demais quando falamos de lucro e prejuízo ... e nem influenciam significativamente os indicadores gerais do segmento.
Operadoras exclusivamente odontológicas ...
· ... analisando o mercado geral, está em plena recuperação;
· O problema é que existe uma infinidade de pequenas que estão “com o pires na mão” ...
· ... o gráfico de valor (este) indica recuperação geral muito influenciada pelas grandes, que são muito grandes ...
· ... mas os primeiro gráficos do texto mostram que existem muitas delas “a beira do caos” ...
· ... mais ... muito mais ... do que existiam em 2019.
Torcedor do Santos não desiste ! ... a esperança é grande:
· Melhor ficar com a visão que os gráficos demonstram, comparando a evolução do final de 2023 com o primeiro trimestre de 2024 ...
· ... são indicadores para comemorar, mesmo na segunda divisão;
· O fato é que não estamos mais no “fundo do poço” ... isso definitivamente já passou ! ... foi em 2022 !!
Particularmente o gráfico da direita demonstra que as Unimeds estão se recuperando melhor que as medicinas de grupo:
· É a evolução do número de operadoras com lucro ... crescendo;
· Neste mercado que emprega milhões de pessoas ... sendo o sistema Unimed ~40 % do mercado ... é para comemorar ... e para comemorar muito !
Agora: aguardar as “cenas dos próximos trimestres” ! ... aguardar que as operadoras que “estão tocando no navio” mudem seus modelos de negócios !
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Sobre o autor Enio Jorge Salu
CEO da Escepti Consultoria e Treinamento
Histórico Acadêmico
· Formado em Tecnologia da Informação pela UNESP – Universidade do Estado de São Paulo
· Pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde pela USP – Universidade de São Paulo
· Especializações em Administração Hospitalar, Epidemiologia Hospitalar e Economia e Custos em Saúde pela FGV – Fundação Getúlio Vargas
· Professor em Turmas de Pós-graduação na Faculdade Albert Einstein, Fundação Getúlio Vargas, FIA/USP, FUNDACE-FUNPEC/USP, Centro Universitário São Camilo, SENAC, CEEN/PUC-GO e Impacta
· Coordenador Adjunto do Curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Fundação Unimed
Histórico Profissional
· Pesquisador Associado e Membro do Comitê Assessor do GVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP da Fundação Getúlio Vargas
· Membro Efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares
· CIO do Hospital Sírio Libanês, Diretor Comercial e de Saúde Suplementar do InCor/Fundação Zerbini, e Superintendente da Furukawa
· Diretor no Conselho de Administração da ASSESPRO-SP – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação
· Membro do Comitê Assessor do CATI (Congresso Anual de Tecnologia da Informação) do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas
· Associado NCMA – National Contract Management Association
· Associado SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
· Autor de 12 livros pela Editora Manole, Editora Atheneu / FGV e Edições Próprias
· Gerente de mais de 200 projetos em operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas, centros de diagnósticos, secretarias de saúde e empresas fornecedoras de produtos e serviços para a área da saúde e outros segmentos de mercado